quarta-feira, 30 de março de 2016

O Objeto e a Lógica Programática

   A partir de uma rede de vários objetos interligados, o meu objeto (o rádio) seria a base para que eu estabeleça relações programáticas com os ligados a ele a fim de criar uma novidade sem finalística ou causalística. O rádio me representou devido a sua versatilidade informativa, função comunicativa e sua eletricidade.
   Ao meu rádio foram conectados o NADA, a PULSEIRA ZEN e o ALGODÃO. A minha ideia foi criar um objeto novo a partir desses quatro que estavam interligados. É complicado, pois todos são muito distintos. Juntar algo que é elétrico com a naturalidade do algodão e a delicadeza da pulseira é imensamente difícil. Foram viagens mentais desperdiçadas a fim de estabelecer essa criação. 
   Desisti da tentativa de formar um novo objeto utilizando a programática, pois, todas as vezes, eu caia na lógica finalística. É muito difícil conseguir expressar essas ideias, mas, durante uma discussão em aula, eu percebi que cheguei ao NADA. Talvez seja algo que eu não esperava. Pelo que eu entendi, deu certo. Mas continuarei tentando encontrar o objeto.

Croquis III

Croqui 1 ponto de fuga da área externa 
Croqui 2 pontos de fuga da área externa

Croquis II

Croqui 2 pontos de fuga da área interna

Croquis I

1 ponto de fuga da área interna

terça-feira, 22 de março de 2016

O Complexo Arquitetônico da Pampulha

   No início da década de 40, Juscelino Kubitschek, até então prefeito de Belo Horizonte, encomendou a construção de uma área ao norte da cidade ao renomado arquiteto Oscar Niemeyer. Ele projetou um conjunto de edificações que ficariam situadas às proximidades da Lagoa da Pampulha. As construções são o cassino, a casa de baile, a igreja, o clube e o hotel. Este último não foi concretizado.
   O cassino foi o primeiro inaugurado e atraiu jogadores de todas as partes do Brasil. Porém, não demorou muito para os jogos de azar serem proibidos no Brasil, fato que o correu em 1946 durante o governo de Dutra. Uma década depois, o prédio começou a funcionar como museu e é como está até os dias atuais. Em 2016, a Fundação Municipal de Cultura anunciou que o museu passará pela sua primeira restauração.
   A Casa do Baile tornou-se um ponto de lazer e entretenimento da capital mineira. O local sofreu com o fim do cassino em 1946 e, dois anos depois, fechou as portas. Após passar por restauração conduzida pelo próprio Niemeyer, a Casa foi reaberta em 2002 e, desde então, funciona como um Centro de Referência de Arquitetura, Urbanismo e Design.
   Inicialmente rejeitada pela própria Igreja Católica, mas consagrada como a obra-prima do Complexo Arquitetônico da Pampulha por muitos profissionais da área, a Igreja São Francisco de Assis é lembrada pela suas curvas e abóbodas, além do famoso painel de Portinari exposto em suas paredes.
   O Iate Tênis Clube foi construído em 1942 e sua arquitetura remete a um barco. Um anexo construído na década de 70 é o único prédio que não confere com o Complexo original, tal fato fez com que houvesse divergências na nomeação do Complexo como patrimônio cultural pela UNESCO.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Quando o professor pede um croqui em 15 minutos

    Na última segunda-feira tive a oportunidade de conhecer o Museu de Arte localizado à beira da lagoa da Pampulha. Como exercício, os professores solicitaram um croqui do que você via a partir do ponto em que estava situado. Eu deveria escolher algum elemento, o qual seria ou o rústico azulejo português que revestia uma parte da lateral do museu, ou as colunas que embelezam todo o contorno e interior do lugar. Mas, desesperado por ter pouco tempo, acabei desenhando toda a edificação que eu avistava.
   Pra um croqui feito em 15 minutos, até que dá pra chamar de croqui, não é?

(O desenho é da lateral do museu)

domingo, 13 de março de 2016

A diferença entre Arquitetura e Vestuário

   É extremamente notável a busca do animal pela proteção de excessos e incômodos provocamos pelo meio em que vive. O calor, o frio, o vento, a chuva, a luz, entre outros. Primeiramente, vem a mente que uma roupa pode fazer o papel de protetor dessas intempéries. Não há como discordar, já que, com a chegada de uma frente fria, por exemplo, um agasalho é sempre a primeira opção natural da maioria das pessoas. Cada vestimenta é desenhada, modelada ou, até mesmo, arquitetada para finalidades específicas, tanto funcionais quanto estéticas.
   O vestuário faz um papel importante na proteção do homem dos excessos ambientais. Porém, existe uma criação mais protetora que uma peça de roupa: uma casa. Comparar essas duas criações e procurar diferenças entre ela não é uma tarefa fácil. Pode ser que nem existam. Mas é inevitável admitir que ambas tem o papel de proteção ao ser humano, além, é claro, da produção estética que, usualmente, elas disponibilizam a todos nós. Uma roupa pode limitar o movimento em caso de várias peças vestidas juntas a fim de proteger do frio, mas uma casa mal feita também pode não ser acessível ao movimento. 
   Pontos de vistas podem gerar opiniões diversas, mas é provável que essas duas obras, a arquitetura e a vestimenta, podem não possuir diferenças. O diferencial está na complexidade de cada uma. A arquitetura é obviamente mais complexa que o vestuário, porém, equivalentemente, eles são construídos pelo homem a fim de atender as específicas necessidades humanas. O grande diferencial seria arquitetar com excelência sua roupa e sua edificação.

Sávio Lombardi Rosa
Belo Horizonte - MG

sábado, 12 de março de 2016

Parágrafo sobre o texto Animação Cultural, de Vilém Flusser

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A humanidade vive em função de suas criações objetivas. Os objetos são fruto das necessidades humanas em aprimorar a realização de uma tarefa. Desde então, o ser humano baseia-se na tecnologia para evoluir cientificamente a fim de gerar grandes inovações. Mas não só nas ciências exatas vivem os objetos, pois eles participam da geração cultural da própria humanidade. Porém, valores do passado retrocedem o acelerado avanço do homem em suas descobertas e criações, ainda mesmo no século XXI. Ainda assim, o homem continua criando objetos aos quais acarretam na dependência humana de sua própria criação.

Sávio Lombardi Rosa
Belo Horizonte - MG